Jeff the killer
A coisa que mais incomodava no Jeff era sua aparência, sua cara rasgada, seus olhos queimados e sua pele branca.
Por mais que não quisesse, ele se sentia um monstro, não só por
matar, talvez fosse este seu único hobby, sua única forma de mostrar-se
vivo. Não sei!
Jeff, na verdade, tinha um demônio dentro dele, aquele demônio que
todo ser humano tem dentro de si, aquela raiva incontrolável… Jeff, no
entanto, estava muito estranho, mais do que o normal.
-“Eu não aguento mais o meu rosto, não me aguento mais assim. Eu fui
queimado, humilhado, morto, sem pálpebras… Sim, meu rosto é pálido, e eu
vou matar a todos, um por um. Farei todos dormirem”. (hahahahaa)
Assim como os demais assassinos, Jeff precisava sair, afinal, ele
adorava matar. Ao olharem para ele, as pessoas se questionavam: “Como
ele é horrível, como ele é estranho! Que monstro é esse, que demônio é
esse”?
De fato, há muito ele havia perdido o controle. E mais: faria qualquer coisa para se satisfazer.
Jeff em ação
Já bastante sedento, ele prosseguiria com o seu plano maléfico.
Diante de sua vitima, os seus olhos brilhavam. Não, nada de medo ou de
temor, apenas o desejo de vingança, o desejo de um sádico.
Sua cobaia, oh, uma pobre garota. Uma garotinha, sim, e com tantos
anos pela frente. Seu corpo, completamente desconfigurado, cortado em
oito pedaços, e espalhados por sua linda casa. Sua doce casinha.
Pelas paredes, o retrato de um louco, de um assassino louco e
doentil. Vitima de seu temperamento e de seus desejos mais maléficos! E
que desejos…
Um assassino a solta
O tempo passara depressa, e claro, os detetives ficariam cada vez
mais loucos com o Jeff. Afinal, ele não mataria apenas crianças e
adolescentes, mas sim, uma serie de policias. Jeff está louco, pensavam
eles, fugiu de seus padrões? O que mais podemos esperar?
Já em seu canto, o assassino se indagava: “Porra, que cara estranho que sou eu”? No que eu me tornei? No que eu me tornei?!
Sem rumo e sem destino, ele voltaria a atacar. Andando pelas ruas,
logo percebe um garotinho. Não, de fato, não era qualquer garoto. Nele,
Jeff sentia um demônio semelhante. Um demônio repleto de dor, de raiva,
de ira!
Os minutos passam, passam, e Jeff está cada vez mais incontrolável.
Com as luzes apagadas, ele adentra a casa do menino. Em sua face, um
olhar pálido e frio, um misto de tristeza, de indiferença…
Em seu corpo, apenas uma faca. Sim, a mesma faca utilizada em crimes,
em tantos momentos de glória. De jubilo, de frieza. Mais um garotinho,
pensava ele, que felicidade!
Frente a frente, a sua temível frase: “Vá dormir”! Não, Jeff não
queria vê-lo acordado, nem ele, nem qualquer outra vítima. E dessa vez,
acredite, não seria diferente. Era o que ele pensava…
A vingança contra Jeff
E de fato, a sorte de Jeff mudaria. Melhor dizendo, a de suas vitimas
potenciais. O garotinho, em questão, um dos mais desafiadores: “Escute,
Jeff, eu não vou dormir! Você não é capaz de me matar, eu o conheço,
sei quem você é! Você não passa de uma criança assustada, Jeff. De uma
criança”…
Enfurecido com a atitude, ele logo bradaria: “Cala a boca, seu
desgraçado”! Sou Jeff, o assassino, você vai dormir, sim! Sou o Jeff,
porra, o Jeffffffff”.
Em uma tentativa desesperada, ele ainda esfaquearia o garoto nos
ombros, o forçando tão logo a atirá-lo pelas escadas… Seria este o fim
de Jeff?
A repercussão do caso
No outro dia, como se imaginava, os jornais não falavam de outra
coisa: “Homem conhecido como Jeff, foi preso na madrugada de ontem pela
polícia. Assassino confesso, ele é ainda responsável pela morte de 137
pessoas, sendo a mais recente, uma garotinha de 13 anos de idade”.
Os policias, por sua vez, não liberariam nenhuma foto do assassino.
Em parte, por toda repercussão do caso, e por outra, por todas as
deformidades em seu rosto. Em especial, pela ausência de um nariz e pelo
corte em sua boca.
O julgamento
Os meses se passam, e Jeff é levado a julgamento. No caminho para o
tribunal, é surpreendido pela presença de dois guardas em sua cela.
Visivelmente irritados, eles fariam de tudo para prejudicar Jeff, ou
melhor, tentariam fazer…
Entediado com o processo, o assassino logo surpreenderia a todos,
desfechando contra os guardas, diversos golpes de cassetetes. Não
satisfeito, ainda quebraria um de seus maxilares, roubando, por
conseguinte, uma de suas armas também.
A sonhada liberdade, enfim, ficava cada vez mais próxima…
O encontro final
Logo na saída, Jeff encontra um homem alto e magro. Bem apessoado,
ele diz: “Nós não somos pessoas comuns, somos duas aberrações! Deus nos
castigou, e devemos castigar a sua criação”.
Sem muita demora, ela logo desaparece na escuridão. Na mente de Jeff,
apenas um desejo: a vingança contra aquele que o mandara para a prisão.
Já em sua casa, Jeff espera todas as luzes se apagarem. Em poucos
instantes, ele encontrará o enfadado garoto novamente, e de posse de seu
alto sarcástico ele dirá: Shiiiiiiiii, vá dormir”….
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